quarta-feira, 5 de maio de 2010

Pauta aberta

Questões que respondi a Beatriz Buck para a matéria Quem quer ser escritor?

Como surgiu a ideia de escrever um livro?
Desde adolescente sonhava com a publicação de um livro. Lembro que na oitava série uma professora de português pediu para que escrevêssemos um diário, como forma de melhorarmos nossa escrita. Apesar de ter gostado da ideia, comecei a escrever uma história fantástica, que misturava dragões, aventura, entre outros elementos. Nada muito sério. Mas foi daí que surgiu minha vontade de escrever um livro. Também participei de concursos literários de contos e poesias e obtive algumas colocações interessantes. Ano passado também escrevi um livro-reportagem, em parceria com Analúcia Neves e Lucas Claro, como exigência para a obtenção do título de Bacharel em Jornalismo (quem se interessar em baixá-lo, clique aqui). Acredito que estes estímulos, por mais diminutos que tenham sido, foram importantes para o meu processo de amadurecimento e, consequentemente, estimular um passo maior, ou seja, escrever um livro.

Quanto tempo demorou para escrevê-lo?
A ideia começou a ser formatada no final de dezembro. Mas só comecei a colocá-la no Word no dia 02/01/2009. Terminei de escrevê-lo, sem nenhuma revisão, no dia 29/05/09. Foi um processo complicado. Apesar de escrever por prazer, como uma espécie de hobby, já que não tenho como ofício ser escritor, acabei por entrar numa espécie de “depressão oriunda da criação”. Tive que entrar no universo da personagem, criar uma espécie de “personalidade sociopata”, enfim, mergulhar num mundo obscuro. Para dar realismo em certos aspectos, busquei elementos do meu conhecimento, mas também tive que fazer um enorme esforço para criar uma personagem com vida própria, personalidade própria, desejos próprios.

Sobre o que se trata o livro?
O livro trata de relatos de uma personagem vampira sem nome e sem sexo, que revela o sofrimento e os prazeres de sua vida em morte. Ela conta detalhes de sua vida, fazendo um retrospecto de sua infância até o presente momento. Trata-se de uma pessoa consternada, que não consegue amar ninguém e apresenta traços de sociopatia. Conquista a todos com seu sorriso, mas não se suporta mais. A vida, para ela, tornou-se um Baile de Máscaras, sendo necessário representar o tempo todo. É um livro para um público mais adulto (devido a intensidade da história) e que gosta de fantasia (vampiros).

Qual editora?
É a editora Multifoco,do Rio de Janeiro, que trabalha com a publicação de novos autores.

Você pretende seguir, de alguma forma, a carreira literária?
Se tudo der certo, quem sabe? Adoro escrever, criar, ambientar histórias. Se tiver a oportunidade, força de vontade (nada cai do céu) e coragem, quero seguir sim.

Qual a maior dificuldade que você enfrentou para produzir o livro?
São várias as dificuldades, a começar pela necessidade de “doar” seu tempo para a produção do livro. Isso demanda paciência, estressa, tira o tempo de ócio. É uma atividade cerebral, que demanda energia também. Outra dificuldade é enfrentar o medo do “impacto”, saber como a obra será recebida, o que as pessoas vão pensar. Temos que ter coragem para expor uma produção nossa, ainda mais quando temos certa “timidez” – sempre há um receio, uma ansiedade. Coisa normal. Também não posso esquecer de salientar a dificuldade de publicação. Procurei algumas editoras para apresentar o original, mas é complicado, pois é um mercado fechado. Eu entendo o processo e já sabia das dificuldades quando comecei a escrever. É difícil arriscar grana numa pessoa que está começando, engatinhando e não tem o nome fortalecido. Mas felizmente encontrei, a editora Multifoco e, particularmente, Frodo Oliveira, que gostou do meu original e me convidou a integrar o catálogo de novos autores da editora.


O que você pretende com o livro?
A princípio, concretizar meu sonho de ter um livro impresso. É uma vontade que carregava há muito tempo. Também, de certa maneira, é uma forma de incrementar o currículo profissional.

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