domingo, 24 de abril de 2011

My Everything

Direto do blog My Everything. Resenha de Anna Furtado



O silêncio das mariposas - Juliano Schiavo


O livro traz em suas páginas uma personagem sem nome e sem sexo, que revela o sofrimento e os prazeres de sua vida em morte. Transformada em vampiro, seus instintos e sensações se aguçam. Os relatos, que parecem ter sido sussurrados, oferecem ao leitor um retrospecto da infância da personagem até o desfecho de sua história.


            • O silêncio das mariposas;
            • Juliano Schiavo;
            • Anthology (Selo da Multifoco);
            • 2010
            • 214 páginas;
            • Onde comprar: Editora Multifoco × Autor
O livro traz em suas páginas uma personagem sem nome e sem sexo, que revela o sofrimento e os prazeres de sua vida em morte. Transformada em vampiro, seus instintos e sensações se aguçam. Os relatos, que parecem ter sido sussurrados, oferecem ao leitor um retrospecto da infância da personagem até o desfecho de sua história.




  • Bem, a estória começa de uma forma bastante inusitada, eu diria, porque a personagem está contando sobre sua infância e sua beleza perfeita. O que dizer sobre O silêncio das mariposas?! O livro é genial! Segurando uma pequena crítica social relacionada à estética como pano de fundo, o livro trás um garoto que se torna vampiro e seus suspiros e desejos, que digo logo de uma vez que são muitos, de vários ângulos, explorando exageradamente o lado erótico da coisa. Não é um dos meus livros preferidos, confesso. Mas fiquei simplesmente admirada com a crítica social que ele me trouxe no início, só não me amarrei no erotismo, como eu disse, sou ultrarromântica por natureza e até preso pelo gótico do livro, que cá entre nós, foi bem sensacional.
  • Os pontos que eu digo que são positivos são:
    • A escrita do autor é sensacional;
    • O explorar do vampiro por outro lado é a sacada do livro;
    • A narrativa é muito boa;
    • O pano de fundo, no caso a crítica social da beleza, é bastante tangente;
  • Os pontos que atribuo a negatividade são:
    • O erotismo exacerbado;
  • O personagem que mais gostei foi o cachorrinho da personagem principal, que me esqueci do nome! Para concluir, O Silêncio das Mariposas é um livro maravilhoso, mas não se encaixa no meu padrão de livros, mas se você quer explorar mais um novo padrão de vampiros, é uma boa pedida!
  • Classificação:
    • Capa: 10/10;
    • Estória: 8,5/10;
    • Narrativa: 9,8/10;
    • Personagens: 9,5/10;
    • Final: 10/10;
    • Média: 9,56

Viaje na Leitura

Direto do blog Viaje na Leitura.
Resenha feita por Pricila Beletato

SÁBADO, 16 DE ABRIL DE 2011

O Silêncio das Mariposas - Juliano Schiavo

"Minhas mãos tremiam. Amassei as folhas de jornal e as joguei na parede. O que foi que fiz? - indagava-me. Caí de joelhos e lágrimas rolavam por minha face. Não compreendia o que tinha feito, mas minhas escolhas agora colhiam os frutos, mesmo que dolorosos." (p.41)


Livro: O Silêncio das Mariposas
Autor: Juliano Schiavo
Editora: Multifoco
Selo: Anthology
Categoria: Literatura Nacional/Ficção
ISBN: 9788579611506
Páginas: 214
Lançado: 2010






O Silêncio das Mariposas é mais uma obra nacional que venho trazer para vocês.

Esse é um livro com a temática “vampiros” tratada de uma forma um pouco diferenciada, se trata de uma história mais focada em sensualidade e sangue, e não em romances entre adolescentes como temos visto ultimamente.
Abrange bastante a questão psicológico, pois traz no recém transformado em vampiro toda uma busca de aceitação e entendimento sobre sua nova questão de existência.

“Não sei o que sou, nem mesmo o que me tornei. Também não entendo os motivos que me fizeram chegar aqui onde estou. Foram apenas passos, talvez desconcertados, que dei. (...)A única coisa que peço é perdão por ter existido e por minhas ações, que nada modificaram o mundo para melhor.” (p. 5)

Muitas resenhas vem comentando que não dá pra se identificar ao certo se o personagem principal é homem ou mulher, e até pelo que eu entendi essa é a intenção do autor, embora eu tenha imaginado muito claramente (imaginação fértil-rs)
Vamos lá falar dos personagens...

O primeiro personagem é alguém mesquinho e superficial, se importa apenas com a aparência até o dia em que sofre um acidente e acaba ficando com uma cicatriz na face. É um personagem indiferente ao mundo, que pouco se importa com as pessoas e ele mesmo deixa claro em sua narrativa esse seu ponto de vista:

“E foi nesse dia que consegui enxergar algo escondido em meu interior, que agora fora lapidado: a vida das pessoas era-me indiferente. Pouco me importava se elas eram felizes ou tristes, sadias ou doentes. O que desejava era apenas usá-las para as minhas conivências, nada além dissso.”(p.25)

Em uma determinada festa o personagem principal acaba conhecendo um outro personagem, Lúcio, o qual é mais velho e é um vampiro. Sem muita explicação (o que eu acho que deixou um pouco a desejar), o pescoço é oferecido ao vampiro que o transforma também em um ser noturno.
A partir daí surge no protagonista uma busca de entendimento sobre ­sua nova condição de vida, seu futuro, seus erros, seus desejos, especialmente o desejo de sangue e a busca de prazer.
Achei o livro com uma temática bem diferente, essa questão mais psicológica, mais atual e real... muito legal isso. No entanto, o autor tende a usar uma linguagem muito formal, o que eu, na minha mais singela opinião, achei que tirou um pouco da espontaneidade do texto e acabou em alguns momentos deixando a leitura de alguns trechos cansativa, mas apesar disso a história acabou me despertando o interesse.
Fica a dica de mais um livro nacional!


sábado, 16 de abril de 2011

Mais uma super resenha!

Direto do blog O Capítulo do Livro, de Tiago de Souza Pereira


O silêncio das mariposas

O livro O silêncio das mariposas, escrito porJuliano Schiavo em seis meses, fala sobre vampiros. Mas não somente sobre eles. Na verdade, o livro fala sobre angústias e dúvidas que todos nós temos em vida e, quanto ao personagem, em vida na morte.

Uma das coisas que se nota de imediato ao ler O silêncio das mariposas é que você não tem um personagem com nome e sexo. Mas de algum modo o Juliano Schiavo faz com que você se sinta como aquele personagem. Bem, pelo menos eu me vi em várias coisas pelas quais o personagem oculto discorreu.

Todos nós queremos agradar a alguém de alguma maneira. E muitas vezes somos desonestos com nós mesmos ao nos fecharmos para que os outros vejam na gente aquilo que os apetesse. Criamos um embrulho magnífico, cheio de laços e belas fitas exteriores, mas com um conteúdo doentio e depressivo, angustiado. No seu aniversário de dez anos, o personagem aprende uma dura e estranha lição, que talvez sirva mais para a frente. Devemos ser falsos mesmo quando a sociedade prega que a sinceridade é uma das coisas mais bonitas.

De fato, de todas as experiências pelas quais o personagem passa, nenhuma é mais intensa e estranha do que sua transformação vampírica. É ali que vemos ele perdendo tudo. É quando vemos até onde nossas escolhas precipitadas podem nos levar.

O silêncio das mariposas é um livro envolvente e de leitura rápida, pelo menos é essa a impressão que eu tive ao baixar e começar a ler as 100 páginas, de um total de 214, disponibilizadas no blog de divulgação da obra.

Se quiserem ler essas páginas e começarem a ponderar sobre várias coisas, baixem clicando aqui as páginas disponibilizadas pelo autor. E sigam o Juliano no Twitter:@julianoschiavo.

domingo, 10 de abril de 2011

O Capítulo do Livro: O silêncio das mariposas

O Capítulo do Livro: O silêncio das mariposas: "O livro O silêncio das mariposas, escrito por Juliano Schiavo em seis meses, fala sobre vampiros. Mas não somente sobre eles. Na verdade, o ..."

Silêncio das Mariposas, que acabou por silenciar-me também

Resenha de Elaine Moreira

Começar um livro com tal quantidade de confusão e verdade pode-se dizer é, no mínimo, ousado. As primeiras páginas de uma história ditam o que esperar de todo o resto. Caso seja fornecido muito suspense, drama, ou seja lá qual for o elemento literário, há de se imaginar que ele permeie todas as páginas prendendo o leitor até o ponto final. Nesse caso, 214 páginas depois.

Isso não é nada fácil de fazer. Mas também não é impossível. Juliano Schiavo que o diga.

O silêncio do título, não se faz apenas no ocultar a identidade da personagem central. Se faz também no silêncio quanto ao posicionamento geográfico. Não se sabe de onde vem, nem para onde vai. E sabe-se que os costumes regionais ditam muito das características de alguém. Até essa dica nos foi tirada para dificultar ainda mais a tentativa de descobrir quem nos conta sua história.

Mas há um contraponto para o silêncio. A verdade. A grande quantidade de verdade contida em todas as páginas, desde a primeira lição ensinada pela mãe, (que por incrível que pareça é a “necessidade de mentir” de iludir e encantar – o paradoxo da verdade da mentira). Eis o desnudar da sociedade, da hipocrisia vivida e imposta todos os dias e “revelada” com tanta naturalidade ao longo da narrativa.

Chamou-me a atenção ainda a sinceridade ao expor os medos. O medo de crescer, mesmo sendo necessário, o medo do “apagar eterno”, esse compartilhado pela grande maioria dos humanos, mesmo com tanto sofrimento, com tanta dor. Ainda assim, o medo. De morrer e do desconhecido.

A conservação das características primárias de um vampiro (aversão ao sol, sugar sangue humano, a caçada, o desejo, a sensualidade, a preocupação com o mistério, o não “revelar-se de Lúcio”), em uma onda literária de “adaptação de mitos”, com o contraponto da atualidade (o uso da Internet na busca pelas vítimas, por exemplo), são pontos destacáveis.

Não pude deixar de perceber o traço da Psicanálise, os sonhos revelando desejos reprimidos, para a busca dos que receberiam a “visita” do vampiro. Também não me escapou a frase “ nunca me tornei responsável pelo que cativei”, adaptada de um dos meu livros favoritos, O Pequeno Príncipe, em que Saint-Exupéry declara que sim, nos tornamos responsáveis pelas criaturas por nós cativadas.

Sorvi o livro aos “goles”, foi um por noite. E em nenhuma delas pude deixar de pensar se lá fora existia alguém que um dia me conheceu e que agora desejava o meu sangue. Também não pude me libertar da sensação de receber um beijo de Lúcio, toda vez que fechava o livro e me preparava para “dormir”.

Por cerca de dois meses vivi a vida noturna da criatura de Lúcio e criação de Schiavo. Sofri com seus dramas, ponderei os meus. Aprendi com suas verdades e questionei sempre o teor de suas palavras. Identifiquei-me, talvez essa fosse a intenção de não dar sexo a personagem. Ou talvez não houve intenção alguma.

Talvez tenha ocorrido só a mim, mas enquanto me “identificava” com a personagem, me questionei se não o fazia apenas para não ferir minha visão puritana e romântica de um possível relacionamento entre a criatura e Lucio. Talvez eu quisesse apenas que eles tivessem um relacionamento heterossexual. Pronto confessei. Também tenho os meus tormentos e limitações.

Mas isso é a história. Quero falar ainda da costura narrativa. Schiavo, com apenas alguns escorregões de repetição de palavras conseguiu fazer uma trama incrível. Desde o primeiro momento em que tive acesso a alguns capítulos do livro, no blog de divulgação, me encantou o conjunto de palavras, a riqueza descritiva na composição das cenas.

Sempre fui apaixonada por histórias de vampiros. Mas essa não é uma simples história de um vampiro. É uma história de palavras. De verdades e mentiras. De silêncios e gritos. De felicidades e tristezas. Descobertas e dramas. Do farfalhar de asas de mariposas e Cães melancólicos. Mas, sobretudo de Mariposas Silenciosas.

Venau

31/03/2011